Ao longo do caminho…

Ao ler o livro do meu conterrâneo José Alfredo de Almeida, tive verdadeiros momentos de descontração, principalmente por que são contos que misturam um pouco de realidade com fatos fictícios de maneira engraçada. O autor faz uma viagem por diversas cidades baianas, acredito que são lugares que fazem parte da trajetória de sua vida, assim alguns destes lugares também fazem parte da minha vida como Riacho de Santana, minha cidade natal, Bom Jesus da Lapa, Salvador, CachoeiraSão Felix, Santa MariaSão Felix do Coribe, Vitória da Conquista, Caetité, Guanambi, Igaporã e Santana dos Brejos.
Ele relata estórias de diversos outros  lugares, inclusive de outros países, chamando assim a atenção do leitor.
Para você sentir o gostinho desta obra de arte, descreverei um trecho que retrata um pouco da minha realidade atual.
LIMONADA
Cachoeira, cidade histórica, localizada às margens do rio Paraguaçu, recebe em todos os períodos do ano, a visita de pessoas interessadas em conhecer os seus casarões antigos, tendo servido de cenário para uma novela e dois seriados exibidos por uma rede de televisão. Do outro lado do rio, está a cidade de São Felix, sendo que a travessia entre as duas, se dá pela ponte Dom Pedro II, construída ainda no tempo do Império. Curioso é que a ponte permite apenas a passagem de um veículo de cada vez, formando sempre filas enormes de um lado, enquanto se desobstrui o trafego do outro lado. A situação fica ainda mais caótica quando os dois lados estão parados. As duas filas aguardam a passagem do trem de ferro que também utiliza a mesma via.
Faço referência, com muita simpatia pelas duas cidades, para me lembrar de um personagem que chamava a atenção do todos.
Tempo atrás, residia por lá, um maluco conhecido pela alcunha de Limonada. Perambulando entre as duas localidades, ele era a todo tempo molestado pelos meninos que o pirraçavam, gritando sempre o apelido que ele não gostava. Quando alguém gritava: “Limonada” – ele sempre voltava mais louco ainda a atirar pedras, pedaços de pau ou qualquer outro objeto que encontrasse pela frente.
O Joseval, menino esperto, que mais tarde veio a ser professor de Educação Física encontrou uma maneira diferente de provocar o doente, sem que este reagisse. Assim fez. Juntamente com dois amigos, também estudantes, ao cruzarem com o maluco andaram até o entroncamento  de duas ruas, ficando cada um, em uma esquina:
– Limão! Gritou o primeiro.
– Água! Provocou o segundo que ficara escondido do outro lado.
-Açúcar!  Completou o terceiro.
Imaginado não serem entendidos, foram surpreendidos com a reação do louco:
– Mistura desgraçado! Mistura, pra você ver o que é que  dá…
Então pessoal, gostaram?
O mais interessante é que o autor contribui através da venda do seu livro para a Fundação Dr. Sinésio Cyrino da Costa. Percebeu como a obra é rica?

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